Por que um dos homens mais ricos do mundo trabalha 12 horas por dia aos 75 anos

Bernard Arnault

Bernard Arnault, CEO do conglomerado de luxo LVMH, certa vez afirmou: “Não serei verdadeiramente feliz até me tornar o homem mais rico do mundo”.

Felizmente para Arnault, cujo patrimônio líquido é de US$ 200 bilhões, ele frequentemente consegue ocupar esse título, dependendo do dia alternando com Elon Musk e Jeff Bezos. Embora, por essa definição, Arnault só possa ser feliz de quando em quando, ele diz que são as pequenas alegrias do dia a dia que o sustentam durante seus longos dias de trabalho, que geralmente se estendem das 8h às 20h30.

“Eu me divirto todas as manhãs, quando chego”, disse Arnault em entrevista à Bloomberg.

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O CEO de 75 anos frequentemente inicia seus dias ouvindo música clássica e dedica as manhãs de sábado a visitar suas próprias lojas, da Louis Vuitton à Dior — até 25 por dia, passando, inclusive, por seus concorrentes — para avaliar o estoque em busca de discrepâncias e imperfeições, informações essas que ele então repassa ao seu quadro de executivos seniores. Ele faz pausas de 20 minutos em seu escritório em Paris para tocar seu piano de cauda Yamaha e, em seu raro tempo livre, pega a raquete de tênis para enfrentar adversários como o amigo e ícone do tênis Roger Federer.

Crédito: Frederic Legrand – COMEO / Shutterstock.com


“Ele trabalha 24 horas por dia”, disse Delphine Arnault, filha mais velha de Arnault e vice-presidente executiva da Louis Vuitton, à Forbes sobre seu pai. “Quando ele dorme, ele sonha com novas ideias.”

A natureza meticulosa e de workaholic são parte do segredo que permitiu a Arnault dirigir o maior conglomerado de luxo do mundo, avaliado em US$ 397 bilhões e com 6.097 lojas em todo o mundo, mesmo diante da desaceleração do setor. Essa é uma fortuna que Arnault pode gastar como quiser, desde que assumiu a liderança da companhia em 1989, depois de gastar US$ 2,6 bilhões na compra de ações da empresa para se tornar o seu maior acionista.

Ainda não acabou



Arnault não mostra sinais de desaceleração. Além de devorar imóveis em Miami, Nova Iorque e Paris para manter sua posição em regiões onde os consumidores gastam mais em bens de luxo, a LVMH anunciou esta semana a compra do centenário bistrô francês Chez l’Ami Louis. Em conjunto com o recente investimento na empresa ferroviária de luxo Orient Express, esses movimentos mostram claramente que a LVMH deseja expandir sua presença para além do mercado de vestuário e acessórios de ostentação.

No entanto, algumas das decisões de negócios do CEO não estão isentas de controvérsia. A família Hermès o chamou de “lobo da caxemira” devido à sua abordagem agressiva em relação aos seus objetivos de aquisição e medidas de redução de custos.

Arnault admite que eventualmente terá que ceder o controle sobre seu império à medida que envelhecer, embora ainda não esteja pronto para isso. Seus cinco filhos já se destacam como líderes dentro da empresa, quatro dos quais ocupando cargos no conselho: Antoine Arnault, 45, é o head de imagem e comunicação do conglomerado; Alexandre Arnault, 31, é vice-presidente executivo de produtos, comunicações e indústria da Tiffany & Co; até mesmo Jean Arnault, 25, é o head da divisão de relógios da Louis Vuitton.

Embora esteja delegando cada vez mais responsabilidades aos filhos, Arnault disse à Bloomberg que planeja esperar pelo menos até 2030 para passar o bastão.

“Vamos ver se um deles tem capacidade para assumir”, disse.

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