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O mercado monitora nesta quinta-feira (28), às 8h (horário de Brasília), uma entrevista coletiva do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, para avaliar o real impacto do pacote de gastos anunciado por Haddad em pronunciamento em rede nacional na noite de ontem. Supersalários no serviço público, imposto sobre grandes fortunas e isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil são algumas medidas informadas pelo ministro.
Há um mês, o governo tenta enviar medidas de corte de gastos obrigatórios que impeçam, até 2027, o estouro do limite das despesas do arcabouço fiscal. Em vigor desde o ano passado, o marco fiscal restringe o crescimento real (acima da inflação) das despesas do governo a 70% do crescimento real das receitas, limitado a 2,5% acima da inflação por ano.
Ainda hoje, no cenário doméstico, o mercado financeiro aguarda a divulgação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de novembro, referência importante para contratos de aluguel e outros ajustes econômicos no Brasil, já que reflete a variação de preços ao consumidor, no atacado e na construção civil.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, as bolsas permanecem fechadas devido ao feriado de Ação de Graças, tradicional data que celebra gratidão e marca o início da temporada de compras de fim de ano, reduzindo o volume de negociações nos mercados globais.
Às 18:45, Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e futuro presidente do BC, concede palestra em promovido pelo Esfera Brasil, em São Paulo.
Mais cedo, às 15h, o presidente Lula participa da cerimônia de assinatura de aditivo para obras da Transnordestina.
8h – Sondagem de Serviços (novembro)
8h – IGP-M (novembro)
10h – IPP (Outubro)
Feriado de Ação de Graças
20h30 – CPI (novembro)
20h50 – Produção Industrial (outubro)
20h50 – Vendas no Varejo (outubro)
7h – Expectativas de Inflação ao Consumidor (novembro)
A economia dos Estados Unidos manteve um crescimento sólido no terceiro trimestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) avançando a uma taxa anualizada de 2,8%, conforme confirmado pelo Departamento de Comércio. Pequenas revisões para baixo nos gastos dos consumidores, do governo e nas exportações foram compensadas por melhorias no acúmulo de estoques, nos investimentos empresariais e nos gastos estaduais e locais. Esse ritmo supera a taxa não inflacionária estimada pelo Federal Reserve, de cerca de 1,8%, indicando um desempenho acima das expectativas.
Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica, cresceram a uma taxa anualizada de 3,5%, ligeiramente abaixo da estimativa anterior de 3,7%. Uma métrica de demanda doméstica excluindo os gastos governamentais, o comércio e os estoques mostrou um aumento de 3,2%. Pelo lado da renda, o crescimento econômico foi de 2,2% no último trimestre, comparado a 2,0% no segundo trimestre, reforçando a resiliência econômica do país.
O ministro da Economia do México, Marcelo Ebrard, criticou a tarifa de 25% proposta pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, sobre produtos mexicanos, alertando que ela causaria a perda de 400 mil empregos e afetaria o crescimento econômico e as exportações do México.
Ebrard destacou que as tarifas impactariam duramente a indústria automotiva, incluindo montadoras como Ford, General Motors e Stellantis, elevando os preços de veículos para consumidores norte-americanos. Ele defendeu maior cooperação regional em vez de retaliações comerciais.
A indústria automotiva, que representa cerca de 25% da produção de veículos na América do Norte, se prepara para eventuais ações, enquanto analistas alertam para os riscos de instabilidade econômica na região.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou na noite de quarta-feira as principais medidas do pacote de corte de gastos do Executivo federal, com expectativa de uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.
A notícia de que o governo incluirá a isenção de Imposto de Renda (IR) para salários de até R$ 5 mil no pacote fiscal gerou forte reação negativa no mercado. Após a confirmação da medida pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o dólar disparou para R$ 5,89, o Ibovespa recuou 1,44% e as taxas futuras de juros subiram. A medida, vista como contraditória às expectativas de cortes de gastos, aumentou as apostas de alta na Selic, com 95% de chance de elevação de 75 pontos-base no próximo encontro do Banco Central.
Economistas com experiência em gestão pública destacam que a divulgação das medidas é apenas o primeiro passo. Para Caio Megale, economista-chefe da XP, o mercado busca um plano detalhado e também sinais claros de comprometimento de toda a equipe governamental com a responsabilidade fiscal.
“A dinâmica do pacote é importante, mas os sinais precisam ser consistentes”, afirmou Megale. Ele destacou a importância de gestos políticos, como o cancelamento da viagem do ministro da Fazenda à Europa e o envolvimento de outros ministros na formulação da proposta, que inicialmente geraram expectativas positivas.
As tensões geradas pelas declarações de Alexandre Bompard, presidente do Carrefour na França, sobre a carne brasileira já foram superadas, tanto no âmbito empresarial quanto entre os governos, afirmou o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, ontem.
Durante participação no programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Vieira explicou que o pedido de desculpas formalizado pelo executivo francês contribuiu para aliviar o desconforto gerado.
Na semana passada, Bompard havia afirmado que a carne produzida no Brasil não cumpriria as normas estabelecidas pela França, motivo pelo qual o Carrefour deixaria de comercializar produtos cárneos provenientes do Mercosul.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o acordo entre Mercosul e União Europeia será concluído ainda este ano, apesar da oposição da França, destacando que as negociações são conduzidas entre os blocos e não por países individualmente.
Durante evento na CNI, Lula criticou as resistências francesas, que classificaram os produtos agrícolas do Mercosul como prejudiciais aos agricultores europeus, e enfatizou o apoio da maioria dos países europeus, como Alemanha e Espanha.
Negociadores discutem ajustes finais em questões como compras governamentais e impactos da lei antidesmatamento europeia, com expectativa de assinatura na próxima semana, durante a Cúpula do Mercosul em Montevidéu.
A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) aprovou o projeto que define e regulamenta as “startups verdes”, focadas em soluções sustentáveis que impactem positivamente o meio ambiente. De autoria do senador Fernando Dueire (MDB-PE), o PLP 117/2024 recebeu parecer favorável do senador Marcos Pontes (PL-SP) e segue para a Comissão de Meio Ambiente (CMA).
A proposta altera a Lei das Startups, priorizando essas empresas em programas de incentivo, benefícios fiscais e editais relacionados à inovação e sustentabilidade. O texto também prevê um selo de reconhecimento para negócios que se destacarem em práticas sustentáveis.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou o PL 953/2021, que cria o Programa de Regularização de Débitos não Tributários (PRD). Proposto pelo senador Irajá (PSD-TO) e relatado por Nelsinho Trad (PSD-MS), o texto permite que pessoas físicas e jurídicas, incluindo empresas em recuperação judicial, refinanciem dívidas com autarquias, fundações públicas federais e a Procuradoria-Geral Federal, com descontos em juros e multas e prazos especiais de pagamento. O projeto ainda prevê que as entidades possam desenvolver programas próprios de regularização.
(com Reuters, Estadão e Agência Brasil)
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