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A preocupação das empresas brasileiras com os custos de energia caiu ao final de 2024, apontou uma pesquisa da Grant Thornton. De acordo com o levantamento, 36% dos empresários demonstraram preocupação com o tema no país no último trimestre do ano passado, ante 41% no trimestre imediatamente anterior.
De acordo com a líder de Energia e Recursos Naturais na Grant Thornton Brasil, Élica Martins, o resultado foi impulsionado pela abertura do mercado livre de energia no país.
“O movimento foi possível por meio da portaria MME 50/2022, em vigor desde janeiro do ano passado, que reduz custos operacionais principalmente para indústrias de médio porte, ao possibilitar a migração de fornecedores e por poder escolher a fonte de geração de energia para o negócio. Analisando as informações, esse formato deve permanecer em alta ainda em 2025″, diz a especialista.
Com a abertura, podem escolher o fornecedor de eletricidade todos os consumidores nas redes de média e alta tensão, que correspondem a clientes com uma conta de luz em torno de R$ 10 mil mensais.
Como sua empresa pode aproveitar o mercado livre de energia
“Esse movimento não só democratiza o acesso à energia mais barata, mas também promove a sustentabilidade e a independência energética”, afirma Martins.
A abertura do mercado livre no Brasil a todos os clientes de média e alta tensão em janeiro de 2024 deu início a um intenso movimento de migração de empresas menores para esse modelo de contratação.
Segundo dados da Thymos Energia, houve um aumento de 55% no número de consumidores no ambiente livre no Brasil em 2024. O ambiente livre correspondeu a 39% do consumo total de energia elétrica no país no ano passado, percentual que deve chegar a 41% da demanda do sistema em 2025, prevê a consultoria.
Descontos na conta de luz de até 35% para empresas e 20% para consumidores
O cenário ajudou o Brasil a ficar na contramão do restante do mundo. No recorte global da pesquisa da Grant Thornton, a preocupação com os custos da energia subiu de 50% no terceiro trimestre para 55% no quarto trimestre de 2024. Já na América Latina, a preocupação com o tema aumentou de 37% para 39%.
Ao todo, o estudo levantou opiniões de cerca de 4 mil líderes empresariais de médio porte em 31 países.
Martins aponta que os altos níveis de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas no começo deste ano contribuem para a continuidade do cenário de menor preocupação com os custos da energia no Brasil no curto prazo. Mas ela lembra que o setor ainda enfrenta desafios para reduzir os preços.
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“A volatilidade dos preços das matérias-primas e a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura são obstáculos que não podem ser ignorados”, diz.
A executiva ressalta ainda que, além da abertura do mercado livre a todos os consumidores, a adoção de outras medidas também vai ter um papel importante na redução dos custos de energia, como incentivos fiscais para energias renováveis e regulamentações que promovam a eficiência energética.
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“Uma regulamentação específica para cooperativas de energia e a aprovação de compra de energia para pequenos usuários é válida. Facilitar a contratação de energia pelo mercado livre, similar à escolha de serviços de TV por assinatura, poderia aumentar a tranquilidade dos médios e pequenos empresários, assim como dos consumidores”, afirma.
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